Você já deve saber que a alimentação é um ponto essencial para a saúde do corpo, em todas as idades. Porém, quando envelhecemos, nosso organismo passa por mudanças, e precisamos mudar o cardápio para manter o bem-estar.
O planejamento da alimentação na terceira idade precisa levar em conta questões como a necessidade de nutrientes (proteínas, fibras, vitaminas etc.) e a aceitação dos alimentos por parte de cada um. Esse trabalho combina diferentes especialidades, incluindo profissionais de nutrição e cuidadores de idosos, que estudam as particularidades das pessoas de faixa etária avançada para melhor acompanhar esses pacientes.
Para nos ajudar com esse tema, conversamos com a nutricionista e escritora Lara Natacci, doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP e diretora da clínica DietNet. Confira abaixo o que ela destaca sobre envelhecimento e alimentação.
Alterações causadas pelo envelhecimento
O primeiro passo para planejar a alimentação na terceira idade é acompanhar as mudanças que ocorrem no corpo. Vale lembrar que cada indivíduo envelhece de uma forma e, por essa razão, é preciso estar sempre com exames e visitas médicas em dia. Contudo, algumas alterações são muito comuns e aparecem em maior ou menor intensidade para todo mundo.
Entre as mudanças mais significativas que ocorrem durante o envelhecimento, Lara Natacci destaca a “perda de massa muscular, que interfere nas necessidades nutricionais, e a mudança na capacidade digestiva, que envolve perda dos dentes e alteração em funções relacionadas à digestão”.
Entre essas funções estão a alteração do paladar e do olfato, que são responsáveis por captar a sensação de sabor nas papilas gustativas. O resultado disso é que o idoso tem mais dificuldade em sentir o gosto dos alimentos. Com o envelhecimento, a produção de enzimas também pode ser prejudicada, deixando a digestão mais lenta.
O que não pode faltar
Como na velhice ocorre maior perda de massa muscular, Natacci ressalta que é importante haver boa ingestão de proteínas e o ideal é que elas sejam oferecidas em porções ao longo dia, para melhorar a absorção do nutriente pelo organismo. A especialista explica que “a proteína presente em laticínios, carnes, frangos, peixes, ovos e leguminosas deve ser oferecida de forma fracionada para aumentar a produção de massa muscular”.
Os alimentos com antioxidantes e ação anti-inflamatória também não podem ficar de fora da lista de compra: eles ajudam a retardar o envelhecimento das células e evitar danos cerebrais, como dificuldade de raciocínio ou de aprendizagem. Segundo a nutricionista, os alimentos com essas propriedades são encontrados principalmente entre frutas, legumes e verduras.
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de cerca de 400 gramas de frutas, legumes e verduras por dia, mas Natacci ressalta que “para promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas, é sempre importante consumir um pouco mais, e alguns estudos falam em até 800 gramas desses alimentos por dia. Tudo vai depender da aceitação do idoso. Quanto mais pudermos aumentar essa quantidade, mais teremos vitaminas, minerais, fibras e compostos bioativos no organismo”.
Outro nutriente que auxilia na saúde cerebral e diminui a inflamação no organismo é o ômega-3, encontrado em salmão, sardinha, atum, arenque, trutas e outros peixes. A especialista explica que ele também pode ser achado em alimentos de origem vegetal, como a chia e a linhaça, e que aumentar a presença desse nutriente no cardápio traz muitos benefícios para a terceira idade.
Textura, sabor e suplementação
Nos casos em que há diminuição do paladar e do apetite, existem alguns caminhos para facilitar a ingestão de alimentos. O primeiro deles é “servir o alimento de forma atrativa: mudar preparações, texturas, cores e condimentos periodicamente”, aconselha a especialista. Recorrer a texturas pastosas às vezes também é necessário, principalmente se houver dificuldade de mastigação.
Quanto ao uso de suplementos vitamínicos, a prescrição deve ser feita por um especialista da área médica, que vai analisar fatores como doenças associadas à falta de vitaminas e interações entre medicamentos. Portanto, a pessoa deve sempre consultar seu médico antes de fazer uso de suplementos.
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Bem explicado,gostei.
sim
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Seguindo a dica de alimentação na terceira idade ,devido algumas alterações de patologias é necessário mudança de cardápio. Ser houver perda de massas, alteração no paladar, olfato e capacitação de mastigar é necessário preparo de alimentos pastoso, até mesmo frutas favorecendo uma ótima digestão. Conhecendo outros nutrientes que auxilie na saúda do cérebro diminuindo as inflamações no organismo, e como por exemplo podendo ingerir peixe, chia e a linhaça. Tudo sob a prescrição de um especialista médica.
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Eu não sabia que cate tinha tanta opção de curso ,adorei as dicas
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Gratidão
Conteúdo muito bem explicado,e as orientações fácil de se aplica no cuidado com o idoso da nossa casa!